A descoberta vocacional
- Gisele Maria Arcanjo
- 16 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de out.
O ano era 2008. Eu tinha 21 anos, apenas o ensino médio concluído, e iniciava minha trajetória profissional em uma siderurgia, no setor de Gestão da Qualidade. Foi ali que tive meu primeiro contato com a gestão documental. A empresa vivia um momento importante: a recertificação da ISO 9001/2008. Foram longas horas de estudo, aprendizado e dedicação. E, naquele ambiente cheio de normas, planilhas e processos, descobri algo que me deu um verdadeiro propósito profissional. A organização dos arquivos e a estruturação dos documentos despertaram em mim um interesse genuíno por essa área.

Fonte: Gerado por Inteligência Artificial Wix
Decidi, então, buscar formas de aperfeiçoar meus conhecimentos. Em 2009, iniciei um curso técnico em Gestão de Negócios. Em 2011, mudei de emprego e passei a atuar como responsável pela gestão de documentos em uma indústria de injeção plástica. Mas o mercado de trabalho nessa área, em cidades do interior como a minha, era bastante limitado. Assim, passei por outras experiências no comércio até que, em 2015, decidi recomeçar. Mudei para a região metropolitana de Belo Horizonte e, após fazer o ENEM, iniciei uma nova busca: qual seria a formação que traduziria meu verdadeiro propósito?
Inicialmente, considerei cursar Biblioteconomia, já que sempre tive grande apreço pela leitura e por colecionar livros. Durante minha pesquisa, descobri que o curso era oferecido na Escola de Ciência da Informação da UFMG, onde também encontrei as áreas de Arquivologia e Museologia. Foi uma verdadeira revelação: eu não sabia que existia uma formação voltada especificamente para a gestão de documentos — exatamente o que havia despertado meu interesse anos antes. A identificação foi imediata. Desde as primeiras disciplinas, percebi que havia encontrado minha verdadeira vocação.
Foram quatro anos de intenso aprendizado, descobertas e amadurecimento. Em 2019, pouco antes de me formar, conquistei uma colocação em um órgão público, onde atuo até hoje.
Essa é uma parte da minha história — uma trajetória que mostra como o poder da vocação pode nos guiar, mesmo quando os caminhos parecem incertos.


Comentários